13 de novembro de 2013

Tantas vezes o cant(ar)o foi à fonte que acabou por partir


Local: Estádio do Tourão
Hora: 15h
Árbitro: Nuno Lopes, auxiliado por João Vilaça e Tiago Loureiro

Dragões Sandinenses: Xavier, Preto, Rui Sousa, Bruno Gomes e Quinzinho, Miguel, João Alves, Pedro Abel (Hélder 77’) e Veiga (Edu 89’), Pedrito (Machado 89’) e Gomes (Bruno Rocha 77’)
Treinador: Tozé

Gulpilhares: Jorge Matos, Zeca (Maté 44’), Valente, Joel e Barbosa, Rui Franco e Leonardo (Alvarenga 63’), Sissé (Tiago 63’), Batatinha (Jordy 73’) e João Reis, Nuno Velha.
Treinador: José Manuel Ribeiro

Resultado ao intervalo: 1-0
Resultado final: 1-0

Marcador: João Alves (40’)

Dragões Sandinenses poderia ter vencido por outros números

Resultado é lisonjeiro para aquilo que Gulpilhares produziu


O Dragões Sandinenses recebeu e venceu o Gulpilhares por uma bola a zero, numa partida onde foi muito superior ao seu adversário. Num jogo com inúmeros cantos a favor dos Sandinenses, foi precisamente na sequência de um lance deste tipo que João marcou o único golo do encontro.

Aos cinco minutos de jogo no Estádio do Tourão, já o Dragões Sandinenses havia disposto de três cantos a favor e de duas oportunidades claras de golo. Este início deixou antever uma excelente partida de futebol, o que se veio a verificar a espaços, mas que com o passar do tempo e principalmente na segunda metade do jogo, foi deixando de existir.
Mais objectiva, a formação de Tozé cedo encostou às cordas o Gulpilhares, que mostrou poucos argumentos para conseguir contrariar o ímpeto dos homens da casa. As jogadas de perigo iam-se sucedendo junto da baliza de Jorge Matos que em algumas ocasiões foi adiando o golo do Dragões Sandinenses, noutras os remates iam saindo ao lado da baliza.
Pelo meio, a única grande oportunidade do jogo para o Gulpilhares, aos 22 minutos de jogo, com Nuno Velha a cabecear já no coração da área e a bola a bater nas costas de Rui Sousa, obrigando Xavier a uma estirada de recurso. 
A cinco minutos do intervalo João Alves colocou justiça no marcador ao fazer o golo, na sequência de um pontapé de canto, com Quinzinho a centrar e depois de um alívio deficiente, o remate vitorioso do sete sandinense foi indefensável para Jorge Matos. Até ao intervalo o resultado não se alterou, apesar de Gomes ter disposto de uma excelente oportunidade logo no minuto seguinte, mas a perder tempo de remate depois de ter tirado um defesa da frente e de Pedro Abel ter dado a sensação de golo, com um cabeceamento que saiu um nada ao lado da baliza.
Na segunda parte o Dragões Sandinenses continuou a ganhar cantos e a criar perigo na sua marcação. Porém, o protagonista passou a ser o juiz da partida, Nuno Lopes, que amarelou indiscriminadamente quase todos os jogadores da equipa da casa, tendo mesmo expulsado Barreiros do banco ainda na primeira parte, por protestos. Aos 55’ o caso do jogo, com Pedro Abel a cair na área do Gulpilhares, parecendo haver motivo para grande penalidade. O fiscal de linha levantou a bandeira, mas o jogo prosseguiu, e Quinzinho acabou por introduzir a bola na baliza de Jorge Matos. Já depois de Nuno Lopes ter sancionado o golo, voltou atrás e acabou por marcar fora de jogo a Pedro Abel, no início do lance. Este lance deu a volta à exibição do juiz, que até ai havia sido normal, passando a errar na marcação de várias faltas e na amostragem de alguns cartões amarelos. O jogo também passou a ser mais mastigado a meio campo e o relvado em muito mau estado também não ajudou.
José Manuel Ribeiro mexeu na equipa e fez entrar Alvarenga e Tiago e o Gulpilhares melhorou, mas seria Quinzinho a estar perto de novo golo que só o poste impediu. Já muito perto do final do encontro, o Gulpilhares foi encostando o Dragões Sandinenses à sua área, mas não conseguiu criar uma verdadeira oportunidade de golo. Nesta parte final Nuno Lopes voltou a estar em destaque, ao dar cinco minutos de compensação mas deixando jogar oito.
Após o apito final, os homens de Tozé puderam respirar de alívio, numa vitória justa, mas que peca por escassa. Já o Gulpilhares não demonstrou um futebol capaz de levar pontos do Tourão, com alguma intranquilidade no último passe, o que originou muitas perdas de bola perto da baliza de Xavier. 

O que eles disseram..

Tozé (Treinador do Dragões Sandinenses): “O nosso campeonato em casa não tem sido fácil. Temos tido muitas oportunidades de golo que não concretizamos. Hoje voltamos a sofrer do mesmo. Poderíamos ter tornado o jogo mais fácil e quando não marcamos o segundo golo, tivemos que recuar. Sofremos um pouco, mas o adversário não criou nenhuma oportunidade de golo.
O campeonato é muito equilibrado. É difícil prever o que vai acontecer. Os objectivos não passam pela subida. Ainda é muito cedo para se falar em candidaturas, mas depois veremos. Há que deixar andar e logo se vê”.

José Manuel Ribeiro (Treinador do Gulpilhares): “Não há muito a falar em relação ao resultado. Foi justo. A minha equipa não se adaptou às condições do terreno, num relvado muito pesado e sentimos algumas dificuldades. Eles adaptaram-se melhor e foram mais agressivos. Nós não acompanhamos e acabamos por sofrer um golo de bola parada. Falhamos em algumas questões que ainda são novidade para os jogadores, pois trabalhamos há pouco tempo. 
A equipa está mal posicionada. Os objectivos não passavam por estarmos nesta posição. É normal que quando estamos cá em baixo notam-se algumas dificuldades, que se devem a falta de confiança, principalmente fora de casa. Temos que ultrapassar essa barreira psicológica, mas enquanto estivermos cá em baixo será difícil”.

1 comentário:

DragaoSandim disse...

Quem fez o golo que depois foi anulado foi o Pedro Gomes e nao o Quinzinho!